Guia da Semana

Na próxima quarta-feira, dia 16 de setembro, a polêmica – a gente já te conta o porquê – série humorística Sexo e as Negas estreia na Rede Globo. Escrita por Miguel Falabella, a nova atração global, que vai ocupar a lacuna de 'Tapas & Beijos', vai abordar assuntos que toda mulher se preocupa: cabelos, corpo, homens, entre outros temas.

A atração é estrelada por Karin Hils, Corina Sabbas, Lilian Valeska e Maria Bia. Já as atrizes Claudia Jimenez e Alessandra Maestrini interpretam personagens chaves na trama, que são tão importantes quanto o quarteto. Maria Gladys, Bia Nunnes, Marcos Breda e Land Vieira também participam da série.

Segundo Falabella, que no último dia 8 de setembro participou de uma coletiva de imprensa no Projac, a sua nova produção se assemelha bastante com a série norte-americana 'Sex and the City'. "Eu sou fã de 'Sex and the City', e Sexo e as Negas tem a mesma cara. Nós temos os depoimentos ao longo dos episódios e temos a narradora. Inclusive a narradora é a Claudia (Jimenez) e, assim como a personagem da Carrie em 'Sex and the City', ela tem o Big, que na nossa série é interpretado pelo Rafael Machado", declarou o autor.

Porém, mesmo com toda a semelhança, a série de Falabella é bastante diferente. Na versão de Miguel, quem conduz a trama é Jesuína (Claudia Jimenez), uma moradora da Cidade Alta em Cordovil, dona de uma rádio comunitária e de um bar, que é o point de toda a galera.

Já Corina Sabbas vive a operária Tilde, enquanto Karin Hils dá vida à camareira Zulma. Lilian Valeska interpreta a costureira Lia e Maria Bia a cozinheira Soraia. As quatro personagens sempre se encontram no bar de Jesuína, onde dividem suas crises, romances e sonhos – prática essa que as quatro amigas de 'Sex and the City' também têm.

Polêmica

Segundo rumores, a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial teria recebido três denúncias de racismo por conta do nome do programa. Miguel Falabella, no entanto, usou o Facebook para falar sobre a polêmica.

"Sexo e as Negas não tem nada de preconceito. Fala da luta de quatro mulheres que sonham, que buscam um amor ideal. Elas podiam ser médicas e morar em Ipanema, mas não é esse meu universo na essência, como autor. Não sou Ipanemense. Sou suburbano, cresci com a malandragem nos ouvidos. Portanto, as minhas personagens são camareiras, cozinheiras, indicadoras de mesas, operárias. E desde quando isso diminui alguém? São negras, são pobres, mas cheias de fantasia e de amor. São lúdicas! E sobrevivem graças ao humor. Seres humanos. Reais. Com direito a uma vida digna e muito... Mas MUITO sexo! Vai dizer agora que eu sou racista? Ah! Nega...Dá um tempo... Dito isso, faço como Truman Capote: never complain e never explain! (Nunca reclame e nunca explique)”, escreveu o autor.

Por Anna Thereza de Almeida

Atualizado em 16 Set 2014.