Guia da Semana

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Você já ouviu falar em Psicologia Econômica? Se você não conhece - e tem interesse em entender como sua cabeça funciona quando você precisa tomar decisões e deseja escolher melhor em outras oportunidades - saiba que agora você já tem um aliado para isso. A minha obra, primeira sobre o assunto no Brasil, é uma espécie de manual com diversos tipos de informação sobre esta área: o que é, sua história, o que estuda, linhas de pesquisa e principais publicações, áreas correlatas como Economia Comportamental, Finanças Comportamentais e Neuroeconomia, dados de pesquisa sobre diferentes comportamentos econômicos (dinheiro, poupança, crédito e endividamento, compra compulsiva e meio-ambiente) e uma parte inteira dedicada ao tema de tomada de decisão, com modelos e descobertas empíricas sobre as limitações cognitivas e emocionais que costumam interferir - e, frequentemente, atrapalhar - nossas escolhas.

As muitas pesquisas feitas identificaram fragilidades psicológicas que, habitualmente, estão presentes nas tomadas de decisão - inclusive quando se pretende que sejam absolutamente racionais e adequadas. Como reconhecimento da comunidade científica aos avanços obtidos, dois pesquisadores da disciplina receberam o Prêmio Nobel de Economia por suas descobertas, que constituem um dos mais importantes programas de pesquisa da área: Herbert Simon, em 1978, pela teoria da racionalidade limitada (em oposição aos pressupostos de racionalidade plena, postulados pela Economia tradicional) e Daniel Kahneman, em 2002, pela sistematização das heurísticas e vieses que interferem no processo decisório, distorcendo a captação, lembrança e avaliação de grande parte dos dados, o que pode nos induzir aos chamados erros sistemáticos.

Considerando que escolher é a essência de todo comportamento, conhecer potenciais ciladas psíquicas geradoras de resultados desfavoráveis representa uma importante ferramenta para indivíduos, gestores e coletividades, e, sem dúvida, para investidores que desejem tomar decisões econômicas cuidadosas. Alguns pontos abordados envolvem, por exemplo: escolhas intertemporais (aguento abrir mão de satisfações imediatas em nome de maior gratificação futura?), contas mentais (trato o dinheiro como se ele tivesse rótulos distintos?), aversão à perda (e não a risco), suscetibilidade a ilusões (por que é tão fácil cair em golpes?), poder das emoções sobre o funcionamento mental (dor ou prazer como critério único nas escolhas), dificuldades para aprender com a experiência (depende de conseguir admitir os equívocos, em primeiro lugar).

Em franca expansão na Europa e EUA, esse campo de estudos começa a se constituir no Brasil, com o apoio a esta publicação podendo representar um novo impulso, ao oferecer fonte de referências e debates aos pesquisadores brasileiros da área ou àqueles que, interessados no tema, não dispunham de nenhum tipo de guia para iniciar seu contato com ele. Propõe-se, assim, uma discussão sobre a construção da Psicologia Econômica no país, com sugestões de agenda de pesquisa, inserção e intervenção, com foco sobre a perspectiva de contribuir para o desenvolvimento psicossocial e econômico da população, por meio de uma proposta emancipatória - quanto mais informações se têm sobre o funcionamento da Economia e da mente, maior a possibilidade de apropriar-se das decisões e, assim, evoluir rumo a resultados mais satisfatórios.

Quem é a colunista: doutora em Psicologia Econômica [PUC-SP], professora da FIPECAFI, e representante no Brasil da IAREP-International Association for Research in Economic Psychology.

O que faz: clínica psicanalítica, consultoria e coaching, docência e palestras.

Pecado gastronômico: 2 lagostas seguidas em Halifax, a capital mundial da lagosta, durante o congresso de Psicologia Econômica e Economia Comportamental, no Canadá.

Melhor lugar do mundo: Aiuruoca, MG, e Estocolmo [no verão].

Fale com ela: [email protected]


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Atualizado em 6 Set 2011.