Guia da Semana

O esporte é feito de vitórias e derrotas, mas ninguém gosta de perder, certo? O Brasil, nos Jogos Olímpicos, acumula medalhas de ouro inesquecíveis, assim como as de prata e bronze que foram comemoradas.

Mas também existe o outro lado. As medalhas de prata e bronze que entristeceram o país pela derrota e não o título de campeão. Isso costuma acontecer mais nos esportes coletivos.

O futebol puxa a fila, e o Guia da Semana relembra algumas derrotas que emocionaram o país. Confira:

Futebol masculino

O país do futebol não é o mesmo quando se trata de Olimpíadas. Em 12 participações foram três medalhas de prata e duas de bronze. O tão sonhado ouro ainda não veio. Na última Olimpíada, a geração comandada por Neymar sucumbiu na final diante do México. Porém, a derrota mais triste aconteceu nos Jogos de Atlanta, em 1996. A seleção tinha a base dos tetracampeões da Copa do Mundo de 1994 e craques do calibre de Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo e Bebeto e era considerado favoritíssima. Na semifinal, perdeu em um jogo épico para a Nigéria na morte súbita, após estar vencendo por 3x1 e assistir os nigerianos virarem para 4x3.

Futebol feminino

Melhor do mundo em cinco oportunidades, a jogadora Marta nunca conseguiu levar o Brasil à medalha de ouro. Nas duas finais em que o país chegou, em Atenas-04 e Pequim-08, o Brasil amargou dois vices. As duas derrotas para os Estados Unidos foram dolorosas e ambas na prorrogação.

Fabiana Murer – Salto com vara

Quem não se lembra do drama da atleta Fabiana Murer, nas Olimpíadas de 2008, em Pequim? A saltadora era uma esperança de medalha para o Brasil, mas um estranho sumiço de uma das varas da atleta a obrigou a usar uma não apropriada para aquela altura, fato que resultou na eliminação da brasileira precocemente. A cena de Fabiana chorando repercutiu no mundo inteiro.

Vanderlei Cordeiro de Lima – Maratona

Derrota ou vitória? É difícil saber onde se encaixa o maratonista. Vanderlei era líder da maratona em Atenas-04 quando um padre irlandês invadiu a pista e agarrou o atleta. Esse fato atrapalhou o maratonista que perdera duas posições, mas não desistiu e chegou ao bronze, emocionando o mundo inteiro. Ele recebeu a medalha Pierre de Coubertin, em homenagem ao seu espírito esportivo.

Vôlei masculino

Após o ouro em Atenas-2004, a seleção comandada pelo técnico Bernardinho amargou dois vices consecutivos, em 2008 e 2012. Mas, a derrota mais marcante foi a primeira, em Los Angeles, em 1984. Após perder para os Estados Unidos na final, a seleção ficou conhecida como “geração de prata”, mesmo sendo a melhor fase do vôlei brasileiro naquele momento.

João do Pulo – Salto triplo

Dono do recorde mundial, João do Pulo chegou à Olimpíada de Montreal com status de favorito. Mas não foi o que aconteceu. Uma cirurgia na barriga prejudicou o atleta, que era um dos mais famosos da delegação brasileira na época. Ele faturou a medalha de bronze. Nos jogos de 1980, ele ainda era considerado um dos favoritos e detinha o recorde mundial, mas foi prejudicado pelos juízes que anularam dois saltos legais do atleta para favorecer os russos, donos da casa.

Por Guilherme Schiff

Atualizado em 2 Ago 2016.