10 Filmes Polêmicos Sobre Religião

Estreia nesta semana o novo longa de Darren Aronofsky (de "Cisne Negro"), "Noé". O diretor, ateu, procurou retratar o episódio da arca com fidelidade, mas também acrescentou conflitos pessoais que transformam o filme numa tragédia iminente, pontuada por grandes cenas de ação.

Polêmico, o cineasta agradou a uns e causou a ira de outros. Conheça outros filmes que, como esse, colocaram em cheque a fé de seus espectadores:

Nanni Moretti e Michel Piccoli contracenam em Habemus Papam (Divulgação)

Habemus Papam (2011)

Pode um padre recusar a missão de guiar milhares de fiéis, ao ser eleito Papa? Pouco mais de um ano antes de Bento XVI renunciar ao cargo, o cardeal Melville (Michel Piccoli) sofrera com o mesmo dilema na comédia de Nanni Moretti – um filme profético, para dizer o mínimo. Abrindo com uma mesa de cardeais apavorados, o longa italiano humaniza o líder supremo da Igreja Católica e todos os membros do Vaticano, fazendo-os freqüentarem psicólogos, terem pesadelos ou jogarem vôlei nas horas vagas.

Alanis Morissette e Alan Rickman tentam salvar o mundo na comédia Dogma (Divulgação)

Dogma (1999)

Fazer comédia com temas cristãos e colocar a cantora Alanis Morissette no papel de Deus custou ao diretor Kevin Smith alguns protestos e duas ameaças de morte. No filme, Ben Affleck e Matt Damon são Bartleby e Loki, dois anjos expulsos do céu e exilados em Wisconsin, EUA. Para voltar ao paraíso, eles planejam passar pela porta de uma igreja, tendo seus pecados perdoados. Se fizerem isso, porém, eles destruirão todo o equilíbrio da existência.

Os efeitos especiais roubam a cena em As Aventuras de Pi (Divulgação)

As Aventuras de Pi (2012)

Hindu de nascença, o pequeno Piscine (o “Pi” do título) decidiu sozinho conhecer outras religiões: foi de muçulmano a cristão com a mesma intensidade, até se desencantar num encontro traumatizante com um tigre de bengala. Sua maior aventura espiritual acontece anos depois, quando ele perde tudo num naufrágio e se vê preso num bote com o mesmo tigre, um orangotango, uma hiena e uma zebra.

Linda Blair viveu a menina endiabrada no filme de 1973 (Divulgação)

O Exorcista (1973)

O filme mais cultuado do gênero terror-com-religião é também um dos mais amaldiçoados de todos os tempos. O primeiro personagem morto no filme faleceu uma semana após o término das gravações. Além dele, o irmão de um dos atores morreu, a esposa de um câmera perdeu o bebê, um funcionário do estúdio foi assassinado... A história? Quando uma menina de 12 anos começa a apresentar comportamentos estranhos (como falar com voz gutural, tremer a cama e virar o pescoço), a única esperança é um padre em crise com a própria fé.

Brian passa pelas mesmas provações de Cristo, mas não é o messias (Divulgação)

A Vida de Brian (1979)

O grupo inglês Monty Python reconta a história de Jesus Cristo, mas... Não exatamente. Brian nasce em Judeia, conquista uma legião de seguidores e é crucificado por Pôncio Pilatos, mas foi tudo um engano: ele apenas fingiu ser um pregador para fugir do exército romano, e depois tentou a todo custo se livrar daquela multidão. O filme rendeu algumas cenas cultuadas, como a da canção-chiclete “Always Look On The Bright Side Of Life”. Assista ao trecho musical aqui: http://youtu.be/u4myJrgUizo

Um gato quer se converter ao judaísmo na animação francesa (Divulgação)

O Gato do Rabino (2011)

A animação francesa inspirada na graphic novel de Joann Sfar ensina fundamentos do judaísmo com leveza e bom-humor. Nos anos 20, na Argélia, um gato come um papagaio e ganha a habilidade de falar (pelos cotovelos!). Apaixonado por sua dona, filha de um rabino, ele decide se converter e sonha com seu próprio Bar Mitzvah, mas também não facilita o processo, questionando a religião a todo o tempo. Enquanto isso, a chegada de um artista estrangeiro leva o gato e o rabino a viajarem pela África e encontrarem outras crenças.

Bengt Ekerot interpreta a Morte em filme de 1957 (Divulgação)

O Sétimo Selo (1957)

Ingmar Bergman é considerado um dos diretores mais importantes da história do cinema. Por isso, por mais difícil que seja, O Sétimo Selo é um daqueles filmes que todo cinéfilo precisa ver uma vez na vida. O longa, em preto e branco, conta a história de um cavaleiro que acaba de retornar de uma Cruzada e encontra a Morte. Dividido sobre suas crenças religiosas e com muitas perguntas sobre a existência, ele desafia a Morte a uma partida de xadrez, tentando ganhar tempo para respondê-las.

Leila Hatami vive uma mulher em busca do divórcio no Irã (Divulgação)

A Separação (2012)

Um casal iraniano vive uma crise conjugal. Ele precisa cuidar do pai, com Alzheimer, e ela quer sair do país com a filha para que ela tenha mais oportunidades de futuro. No meio do fogo cruzado, está uma empregada contratada para realizar funções que sua religião não permite cumprir (como dar banho no senhor doente). Mais do que a religião, são os dilemas éticos que guiam A Separação, sem que se mostre um lado certo e um errado.

Menina sonha em comprar bicicleta em filme saudita (Divulgação)

O Sonho de Wadjda (2012)

O conflito entre a tradição religiosa e os sentimentos de uma pré-adolescente é tratado com delicadeza no primeiro filme dirigido por uma mulher na Arábia Saudita, Haifaa Al-Mansour. Burcas dividem espaço com calças jeans para mostrar uma Arábia contraditória e contar a história – que poderia ser tão banal - de uma menina que sonha em ter uma bicicleta, apenas para competir com seu melhor amigo.

Juan e a Bailarina é uma co-produção entre Argentina e Brasil (Divulgação)

Juan e a Bailarina (2013)

Um grupo de idosos está prestes a ter sua tranquilidade perturbada pela mudança de gerência do asilo. Como se isso não bastasse, aparece na televisão a notícia de que Jesus foi clonado, e está dando entrevistas coletivas por aí. Apesar de questionável, o novo "messias" desperta uma nova esperança nos amigos, que resolvem unir forças para melhorar sua situação.