Guia da Semana

Por Juliana Couto

Com uma área de mais de 27mil km², o Parque Indígena do Xingu foi idealizado pelos irmãos Villas Bôas e inaugurado em 1961 pelo presidente Jânio Quadros. A população supera a marca de cinco mil habitantes, com 16 etnias e 204 aldeias. Por lá não há indicações de ponto turísticos, restaurantes ou hospedagens.

O parque é dividido entre Baixo Xingu, ao norte, o Médio Xingu, ao centro, e o Alto Xingu, ao sul, onde ficam os afluentes que formam o rio Xingu. No último, vivem povos com culturas semelhantes; no Médio, os os Trumai, os Ikpeng e os Kaiabi; no Baixo, os Suyá, Yudjá e Kaiabi. É possível acompanhar jacarés ao longo do rio, pescar com técnicas locais e ainda dormir na aldeia – com autorização prévia do pajé.

Quem for conhecer o Parque precisa viajar até Cuiabá, capital do estado, e seguir por mais 800 km de via terrestre. As viagens acontecem entre abril e outubro. De dezembro a março, o período de cheia no estado impede o acesso ao local. Além disso, é a época de colheita dos indígenas, o que torna o turismo opção secundária.

A quem acha que é fazer mala e comprar passagem, atenção. É preciso autorização da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para adentrar em reservas indígenas. Dá para ir com agências de turismo. A Kanzen Turismo, instalada na capital mato-grossense, realiza pacotes de cinco dias desde R$ 6.500,00 por pessoa, sendo que é necessário um dia de viagem para chegar até a aldeia; outro, para voltar até Cuiabá. Com roteiro próprio ou com operadora, o viajante ainda precisa de uma autorização da aldeia para ir até lá, explicando os motivos que o levam até a reserva.

Depois disso, é hora de arrumar a mala, providenciar vacinas e repelentes e conhecer as raízes nacionais. Se a pedida é voltar para repousar na cidade, hospede-se no Hits Pantanal, em Várzea Grande, próximo ao aeroporto.

Confira outros destinos do roteiro:
Blumenau, Santa Catarina
Salvador, Bahia
São Luís, Maranhão
São Paulo, São Paulo

Por Juliana Couto

Atualizado em 26 Set 2011.