Guia da Semana

Que os ômegas 3, 6 e 9 são benéficos à saúde você já deve ter ouvido falar. Mas você realmente sabe como esses ácidos graxos agem e porque o consumo desses elementos é tão recomendado?

Encontrados em grandes quantidades nas carnes de peixes de águas frias e profundas, óleos vegetais, oleaginosas e sementes de linhaça e chia, os ômegas 3, 6 e 9 desempenham papéis fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo humano. Classificados como ácidos graxos poli-insaturados, eles pertencem à classe de “gorduras boas”, que são tão importantes para o corpo quanto qualquer outro nutriente – desde que sejam de boa qualidade e consumidas com moderação – e colaboram na produção de hormônios e são usados como energia pelo corpo.

Segundo a nutricionista Sinara Menezes, da Nature Center, a atuação dos ácidos graxos poli-insaturados é associada à formação de parte do tecido cerebral. Pesquisas apontam, inclusive, seu potencial preventivo contra doenças degenerativas como o Alzheimer. “Existe o consenso de que o consumo adequado dos Ômegas melhora o sistema circulatório e previne doenças cardiovasculares. Além disso, estudos indicam que eles são fundamentais para a formação da retina ocular, ou seja, suas propriedades são benéficas desde o desenvolvimento fetal”, explica a especialista.

ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE OS ÔMEGAS 3, 6 E 9

  • ÔMEGA 3

Encontrado em grande quantidade em alguns peixes, oleaginosas e sementes de chia e linhaça, esse elemento é essencial para o funcionamento de dois órgãos extremamente importantes do corpo humano: o coração e o cérebro. Ele é responsável pela manutenção das membranas celulares e pela saúde do sistema nervoso central. A substância mais abundante em sua composição é o ácido alfa linolênico e resulta na produção dos ácidos EPA e DHA no organismo, que são responsáveis pela diminuição de triglicérides e o aumento do colesterol bom (HDL). Por não ser produzido naturalmente pelo organismo, é importante reforçar a alimentação ou, quando necessário, recorrer à suplementação a fim de suprir as necessidades do corpo (sempre com acompanhamento médico)

  • ÔMEGA 6

Assim como o Ômega 3, esse elemento também possui um papel fundamental no organismo, pois participa de vários processos e sínteses hormonais. Ele é capaz de reduzir o colesterol ruim (LDL), auxiliar na formação das membranas celulares e da retina, ajudando na geração de pele e cabelos e no funcionamento adequado do sistema imunológico. Além disso, ele também ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose e auxilia na saúde reprodutiva. Esse nutriente, no entanto, não é produzido pelo organismo humano e, por isso, carece de suplementação alimentar. Ele é representado principalmente pelo ácido linoléico e está presente praticamente em todos os óleos vegetais, principalmente nos óleos de milho e soja – vale ressaltar que é sempre recomendado ter um acompanhamento médico quando opar pela suplementação.

  • ÔMEGA 9

A partir da presença dos Ômegas 3 e 6 o organismo consegue produzir essa gordura mono insaturada, mas em pequenas quantidades. Caso haja deficiência ou ausência desses Ômegas, o corpo se torna incapaz de produzi-lo. A substância mais abundante em sua composição é o ácido oleico, que colabora para a redução do colesterol, diminui a agregação de plaquetas e também auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares. Ele ainda participa do metabolismo, desempenhando um papel fundamental na síntese dos hormônios. Esse elemento é um anti-inflamatório e atua contra doenças do coração e contra o envelhecimento precoce das células. É possível encontrá-lo em alimentos como azeite de oliva, azeitona, óleo de canola, abacate e oleaginosas.

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Por A.

Atualizado em 21 Set 2016.